sábado, 27 de setembro de 2008

Nem Joana, nem inocência D´arc

Nenhum grito pode ser manso:
eis porque me arrepio!

sem rios de pranto
amanheço inconsciente
levada à fogueira
por um homem "santo",
mas ainda respiro

cravejada de esmeraldas
verde, sua raiva
amargando sua lira,
desposando fel,
0fez-me demônio

rosas vermelhas
pétalas áscuas
amantes sublunares
sentidos abastados
relações inventadas

dobro os joelhos
e oro em teu olhar inocente:
livrai de ti, os que teus pés prendem
e antes de qualquer morte
quebrem-se teus espelhos.

Ivone F. Santos

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