um infinito de porquês eternos
poderíamos arrotar durante horas
argumentando o que não tem porquê
ou catando razões no paliteiro
para tirar dos dentes aquelas verdades incômodas
falamos na língua mais presa
e os pés medem o mesmo tamanho
somos quase iguais e quase somos nós
no limite do sucesso particular
e na beira do abismo psicológico
entre o que todo mundo é
e o que esse mesmo todo mundo condena ser
a loucura bate na porta
mendiga porquês
ignorar é um bom passo
mas daqui a pouco nem pão
nem mão, a desigualdade te toma o braço
e nessa brincadeira, quem é você?
e quem sou eu, nessa encruzilhada para ratos?
a resposta mais coerente me parece ser: tanto faz.
Cadu Oliveira
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
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